Neste artigo: - Introdução - Por que a preocupação com o sedentarismo? - Quais são os benefícios da atividade física? - Como é feita a escolha da atividade física adequada? - Atividade física em crianças e jovens - Atividade física em idosos - Atividade física durante a gestação - Considerações finais "A prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas idéias que tentavam explicar a associação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam uma predisposição genética á prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor físico e disposição mental; a outra proposta dizia que a atividade física, na verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje em dia sabe-se que os dois conceitos são importantes e se relacionam." Mas o que é atividade física? De acordo com Marcello Montti, atividade física é definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de modo que terá como resultados os benefícios à saúde. No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira, mais do que a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em nosso país. Assim, vemos como a atividade física é assunto de saúde pública. Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em conta os dados do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vive nas cidades. Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível sócio-econômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência. Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, o que se relaciona pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. É o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passado assistindo televisão, usando computadores, jogando videogames, etc. A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Do ponto de vista músculo-esquelético, auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de crianças, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras. Com relação à saúde física, observamos perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom"). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. Veja, a pessoa que deixa de ser sedentária e passa a ser um pouco mais ativa diminui o risco de morte por doenças do coração em 40%! Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida. Já no campo da saúde mental, a prática de exercícios ajuda na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. Além disso, auxilia também na manutenção da abstinência de drogas e na recuperação da auto-estima. Há redução da ansiedade e do estresse, ajudando no tratamento da depressão. A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar. Interessante notar que quanto maior o gasto de energia, em atividades físicas habituais, maiores serão os benefícios para a saúde. Porém, as maiores diferenças na incidência de doenças ocorrem entre os indivíduos sedentários e os pouco ativos. Entre os últimos e aqueles que se exercitam mais, a diferença não é tão grande. Assim, não é necessária a prática intensa de atividade física para que se garanta seus benefícios para a saúde. O mínimo de atividade física necessária para que se alcance esse objetivo é de mais ou menos 200Kcal/dia. Dessa forma, atividades que consomem mais energia podem ser realizadas por menos tempo e com menor freqüência, enquanto aquelas com menor gasto devem ser realizadas por mais tempo e/ou mais freqüentes. A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores: • Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando. • Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves. • Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos. Nesses grupos, além de ser importante na aquisição de habilidades psicomotoras, a atividade física é importante para o desenvolvimento intelectual, favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor convívio social. A prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de escape para a energia "extra normal" das crianças, ou seja, sua hiperatividade. A falta de aptidão física e a capacidade funcional pobre são umas das principais causas de baixa qualidade de vida, nos idosos. Com o avanço da idade, há uma redução da capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade musculares, sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício. Está mais do que comprovado que os idosos obtém benefícios da prática de atividade física regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanças corporais, melhora a auto-estima, a autoconfiança e a afetividade, aumentando a socialização. Antes do início da prática de exercícios, o idoso deve passar por uma avaliação médica cuidadosa e realização de exames. Isso permitirá ao médico indicar a melhor atividade, que pode incluir: caminhada, exercício em bicicleta ergométrica, natação, hidroginástica e musculação. Algumas recomendações são importantes, e valem também para as outras faixas etárias: • Uso de roupas e calçados adequados.• Ingestão de grandes quantidades de líquidos, antes do exercício. • Praticar atividades apenas quando estiver se sentindo bem. • Iniciar as atividades lenta e gradualmente. • Evitar o cigarro e medicamentos para dormir. • Alimentar-se até duas horas antes do exercício. • Respeitar seus limites pessoais. • Informar qualquer sintoma. É necessário a todas as gestantes um trabalho corporal a cada trimestre da gestação, para facilitar a adequação às alterações que ocorrem nesse período. Uma melhor capacidade cardiorrespiratória facilita a realização das atividades domésticas; uma melhoria das condições musculares e esqueléticas ajuda na adaptação às mudanças posturais e no trabalho de parto. Além disso, é de extrema importância a auto-estima, a convivência com outras gestantes e os sentimentos de segurança e de felicidade. Os exercícios de ginástica garantem fortalecimento muscular, protegendo assim as articulações e reduzindo o risco de lesões. Ajudam também na oxigenação, na circulação e no controle da respiração. Já os exercícios desenvolvidos na água favorecem o relaxamento corporal, reduzem as dores nas pernas e o inchaço dos pés e mãos. Antes do início dos exercícios, a gestante deve passar por consulta de pré-natal para ser avaliada pelo obstetra. Após a realização dos exames ele poderá liberar ou não a prática de exercícios. As mulheres que já praticavam atividade física e que nunca sofreram aborto espontâneo, podem continuar as atividades após adaptação para seu novo estado. Já aquelas sedentárias devem iniciar os exercícios após a décima segunda semana de gestação. Não havendo problemas, os exercícios podem ser continuados até o parto, embora seja necessário reduzir a intensidade aos poucos. Após o parto normal, as atividades podem ser retomadas após 40 dias. No caso de cesárea, o médico avalia cada caso. As atividades físicas mais recomendadas às mulheres grávidas são: • Caminhada: é muito bom para a preparação para o parto, já que melhora a capacidade cardiorrespiratória e favorece o encaixe do bebê na bacia da mãe. O ideal é caminhar 3 vezes por semana, cerca de 30 minutos. • Natação: trabalha bastante a musculatura. Atenção: apenas algumas modalidades são liberadas durante a gestação. • Hidroginástica: são os mais indicados para as gestantes! • Alongamento: ajuda a manter a musculatura relaxada e o controle da respiração. Para finalizar devemos ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física. Caso sinta algo diferente é mandatório informar ao responsável. Outro ponto importante, que não deve ser esquecido, é a adoção de uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, verduras e fibras. Prefira o consumo de carnes grelhadas ou preparadas com pouca gordura. Evite o consumo excessivo de doces, comidas congeladas e os famosos lanches de "fast-foods". E lembre-se: beba muito líquido (de preferência água e sucos naturais). A atividade física consiste em exercícios bem planejados e bem estruturados, realizados repetitivamente. Eles conferem benefícios aos praticantes e têm seus riscos minimizados através de orientação e controle adequados. Esses exercícios regulares aumentam a longevidade, melhoram o nível de energia, a disposição e a saúde de um modo geral. Afetam de maneira positiva o desempenho intelectual, o raciocínio, a velocidade de reação, o convívio social. O que isso quer dizer? Há uma melhora significativa da sua qualidade de vida! O que precisamos ressaltar é o investimento contínuo no futuro, a partir do qual as pessoas devem buscar formas de se tornarem mais ativas no seu dia-a-dia, como subir escadas, sair para dançar, praticar atividades como jardinagem, lavagem do carro, passeios no parque. A palavra de ordem é MOVIMENTO. Copyright © 2005 Bibliomed, Inc. 28 de Julho de 2005. |
domingo, 18 de dezembro de 2011
Importância da atividade física
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Com os quatro membros amputados, americano quer escalar o Kilimanjaro (Postado por Erick Oliveira)
Um americano que, por uma doença congênita, teve braços e pernas amputados quando ainda era criança, tem planos ambiciosos mesmo para alpinistas experientes. Kyle Maynard, de 25 anos, pretende escalar o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, que chega à altitude de 5.895 metros e é o pico mais alto do continente africano.
O jovem é o co-líder e porta-voz do projeto Missão Kilimanjaro, que reúne para o desafio civis e veteranos de guerra dos Estados Unidos, entre eles alguns deficientes físicos.
Maynard não vai usar qualquer tipo de prótese para ajudá-lo da escalada. No site do projeto, ele resume o motivo de encarar o desafio: "Vou escalar porque será a coisa mais difícil que eu já tentei fazer na vida. Vou escalar porque eu sou capaz."
Palestrante motivacional, o americano possui apenas parte das pernas, que terminam pouco antes dos joelhos, e parte dos braços, que vão até os cotovelos.
Maynard também é praticante de luta greco-romana e jiu-jitsu, e originou um documentário transmitido pela ESPN no ano passado sobre sua primeira luta de MMA (mixed martial arts), modalidade conhecida popularmente como vale-tudo. Ele escreveu um livro contando sua história, intitulado "No Excuses" ("Sem Desculpas"), que apareceu como best-seller na lista do jornal "The New York Times".
O jovem é o co-líder e porta-voz do projeto Missão Kilimanjaro, que reúne para o desafio civis e veteranos de guerra dos Estados Unidos, entre eles alguns deficientes físicos.
Maynard não vai usar qualquer tipo de prótese para ajudá-lo da escalada. No site do projeto, ele resume o motivo de encarar o desafio: "Vou escalar porque será a coisa mais difícil que eu já tentei fazer na vida. Vou escalar porque eu sou capaz."
Palestrante motivacional, o americano possui apenas parte das pernas, que terminam pouco antes dos joelhos, e parte dos braços, que vão até os cotovelos.
Maynard também é praticante de luta greco-romana e jiu-jitsu, e originou um documentário transmitido pela ESPN no ano passado sobre sua primeira luta de MMA (mixed martial arts), modalidade conhecida popularmente como vale-tudo. Ele escreveu um livro contando sua história, intitulado "No Excuses" ("Sem Desculpas"), que apareceu como best-seller na lista do jornal "The New York Times".
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Entenda como a sibutramina age no corpo humano (Postado por Erick Oliveira)
Com a proibição de três medicamentos – anfepramona, femproporex e mazindol – pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a sibutramina é hoje a única droga usada para emagrecer que atua sobre o sistema nervoso. Além dela, só há mais um remédio disponível para esse fim, o orlistate – cujo nome de mercado é Xenical – que age sobre a absorção de gordura no intestino.
O farmacêutico Ivan da Gama Teixeira, diretor técnico e vice-presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), contou que a substância surgiu como um antidepressivo. “Viram que a diminuição do apetite era um efeito colateral e o remédio passou a ser usado como emagrecedor”, explicou.
Contudo, o que a sibutramina faz no cérebro não é exatamente inibir o apetite, como é o caso dos remédios que foram proibidos. Na verdade, ela estimula a saciedade. “Na prática, o paciente fica satisfeito com menos comida”, resumiu o endocrinologista Walmir Coutinho, pesquisador que participou da pesquisa “Scout”, a maior já feita sobre o remédio, que acompanhou pouco menos de 10 mil pacientes durante um período médio de 3 anos e 5 meses.
Os especialistas consultados pelo G1 explicaram que a sibutramina age sobre dois neuro transmissores: a serotonina e a noradrenalina. Esses neurotransmissores funcionam entre os neurônios, levando informações de um para o outro. Nesse processo, geram a sensação de saciedade.
Normalmente, isso ocorre num curto período de tempo, e eles retornam para dentro das células – o que é chamado de recaptação. O que a sibutramina faz é retardar essa recaptação, ou seja, a serotonina e a noradrenalina ficam por mais tempo fazendo a ligação entre os neurônios e deixam o indivíduo saciado.
Efeitos colaterais
Coutinho afirmou que os cientistas ainda estão tentando entender mais detalhes sobre o funcionamento da substância. Por isso, ainda não se sabe explicar por que ocorrem os efeitos colaterais, que, segundo ele, podem ser boca seca, taquicardia e insônia.
A pesquisa “Scout” registrou ainda que, entre pessoas que já têm alto risco de doenças cardiovasculares – como enfarte e derrame –, esse risco aumenta. No entanto, ainda não há explicação de como isso acontece no corpo humano.
O farmacêutico Ivan da Gama Teixeira, diretor técnico e vice-presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), contou que a substância surgiu como um antidepressivo. “Viram que a diminuição do apetite era um efeito colateral e o remédio passou a ser usado como emagrecedor”, explicou.
Contudo, o que a sibutramina faz no cérebro não é exatamente inibir o apetite, como é o caso dos remédios que foram proibidos. Na verdade, ela estimula a saciedade. “Na prática, o paciente fica satisfeito com menos comida”, resumiu o endocrinologista Walmir Coutinho, pesquisador que participou da pesquisa “Scout”, a maior já feita sobre o remédio, que acompanhou pouco menos de 10 mil pacientes durante um período médio de 3 anos e 5 meses.
Os especialistas consultados pelo G1 explicaram que a sibutramina age sobre dois neuro transmissores: a serotonina e a noradrenalina. Esses neurotransmissores funcionam entre os neurônios, levando informações de um para o outro. Nesse processo, geram a sensação de saciedade.
Normalmente, isso ocorre num curto período de tempo, e eles retornam para dentro das células – o que é chamado de recaptação. O que a sibutramina faz é retardar essa recaptação, ou seja, a serotonina e a noradrenalina ficam por mais tempo fazendo a ligação entre os neurônios e deixam o indivíduo saciado.
Efeitos colaterais
Coutinho afirmou que os cientistas ainda estão tentando entender mais detalhes sobre o funcionamento da substância. Por isso, ainda não se sabe explicar por que ocorrem os efeitos colaterais, que, segundo ele, podem ser boca seca, taquicardia e insônia.
A pesquisa “Scout” registrou ainda que, entre pessoas que já têm alto risco de doenças cardiovasculares – como enfarte e derrame –, esse risco aumenta. No entanto, ainda não há explicação de como isso acontece no corpo humano.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
O segredo da vida longa pode não estar nos genes
O segredo da vida longa pode não estar nos genes | |
Fonte: Universitat Autònoma de Barcelona,08/05/2008 | |
A equipe de pesquisadores, dirigido pelo professor Adolfo Díez Pérez, da Universitat Autònoma de Barcelona apontou que um estilo de vida saudável, uma dieta mediterrânea, um clima temperado e atividade física regular como as razões para uma excelente saúde.
Os pesquisadores estudaram a massa óssea e analisou a genética de homens com saúde invejável que no momento do estudo tinha 113 anos. A pesquisa foi realizada com outros membros de sua família: um irmão de 101 anos, duas filhas com 81 e 77 anos, e um sobrinho com 85 anos, todos nascidos e ainda vivendo numa cidade pequena da Ilha de Maiorca.
As descobertas da pesquisa foram publicadas recentemente e relataram que os ossos dos homens estavam em condições excelentes: sua massa óssea era normal, não havia curvaturas anômalas e ele nunca tinha tido uma fratura. Com relação às análises genéticas, os pesquisadores não conseguiram descobrir qualquer mutação no gene KLOTHO, que está relacionado a um nível bom de densidade mineral e, consequentemente, ossos saudáveis. Também não encontraram quaisquer mutações no gene LRP5, que está associado com longevidade. Nenhum dos membros da família que participou do estudo apresentou qualquer mutação nesse gene.
Os resultados da pesquisa não rejeitam a possibilidade que outras mutações genéticas poderiam influenciar positivamente a longevidade. No entanto, os pesquisadores ressaltam que a saúde excelente dessa família e do homem de 113 anos em particular é provavelmente devido à dieta mediterrânea, ao clima temperado da ilha, à falta de estresse e atividade física regular. O artigo enfatiza o fato que até a idade de 102, o homem andava de bicicleta todo dia e cuidava do jardim da família.
Mais artigos:
Maçã ajuda a viver mais - Journal of Agricultural and Food Chemistry, 07/03/2011
Pessoas felizes têm melhor saúde e vivem mais - Applied Psychology: Health and Well-Being, 01/03/2011
O segredo da vida longa pode não estar nos genes - Universitat Autonoma de Barcelona,08/05/2008
Forma física, e não gordura corporal, pode ser forte indicador de longevidade - JAMA, 05/12/2007
Maçã melhora a memória - Journal of Alzheimer's Disease, 24/01/2006
Nova pesquisa examina genética do envelhecimento bem sucedido - American Journal of Geriatric Psychiatry, 01/09/2006
Pressão sanguínea normal pode aumentar anos de vida - Hypertension, 06/07/2005
Uma maçã por dia protege célula cerebral do Parkinsonismo e de Alzheimer. Journal of Agricultural and Food Chemistry - 17/11/2004
Exercícios moderados podem aumentar a longevidade de pessoas mais velhas - American Journal of Preventive Medicine, 02/07/2004
Dieta do Mediterrâneo dá mais anos de vida após um ataque cardíaco - Sessões Científicas da Associação Americana do Coração, 12/11/2000
Maçã protege contra câncer e radicais livres - Nature, 22/06/2000
Religião pode levar à longevidade - Health Psychology, 04/06/2000
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Fisioterapia para Alzheimer (Blog do Dr. Carlos)
Todos nós temos momentos em que pensamos de forma mais efetiva - e momentos em que não deveríamos pensar de jeito nenhum." Daniel Cohen
Informações sobre saúde, política, esportes, música, terapias alternativas, espiritismo e coisas da vida em geral.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Fisioterapia para Alzheimer
Sendo o Alzheimer uma doença que aumenta sua prevalência com o aumento da idade e o mundo lidando com a fatídica situação de aumento da expectativa de vida, tem-se a tendência clara de um aumento ainda mais expressivo da doença de Alzheimer (DA) entre idosos.
A DA caracteriza-se, basicamente, pela perda neuronal e degeneração sináptica com acúmulo patológico de placas senis e emaranhados neurofibrilares no córtex cerebral.
As 3 fases desta demência (inicial, intermediária e avançada) caracterizam-se por sintomas cumulativos como a perda de memória recente, alteração de linguagem, desorientação temporal e espacial, alteração de atenção, delírio, dificuldade em resolver, planejar e realizar tarefas em etapas. Todos estes déficits contribuem para a perda da habilidade para realizar as atividades instrumentais e básicas de vida diária, ocasionando, além do declínio cognitivo, o declínio funcional (dificuldade em vestir-se, alimentar-se, perda da habilidade financeira, entre outros).
Justamente neste ponto ou até antes desta perda funcional propriamente dita, entra em ação o fisioterapeuta que tem como principais objetivos manter tais atividades pelo maior tempo possível evitando a instalação de contraturas e encurtamentos musculares bem como melhorando a qualidade de vida de ambos, paciente e familiar.
Terapias que visem à independência funcional através do fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e da capacidade aeróbia atrelados ao estímulo cognitivo, sensorial e treino de outras habilidades como planejamento e execução de tarefas em etapas, treino de velocidade de processamento e atenção que podem até serem realizados durante a execução dos exercícios fisioterapêuticos usuais, são essenciais para atingir os objetivos propostos.
Da mesma forma, é papel também do fisioterapeuta, porém não somente deste profissional, aconselhar e manter a família orientada a respeito do processo da demência (perdas funcionais e cognitivas, como agir perante as mesmas) sempre tendo em mente a importância do médico, enfermeiro, terapeuta ocupacional e musicoterapeuta para auxiliar a dinâmica familiar e melhorar o bem estar do paciente em questão.
fonte: Juliane de Lemos Armada Ramos, do site Cuidar de Idosos http://www.cuidardeidosos.com.br
terça-feira, 17 de maio de 2011
Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida (Luís Otávio Teles Assumpção Pedro Paulo de Morais Humberto Fontoura)
Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida. Notas Introdutórias | |||
Universidade Católica de Brasília (Brasil) | Luís Otávio Teles Assumpção Pedro Paulo de Morais Humberto Fontoura luis@pos.ucb.br | ||
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 52 - Septiembre de 2002 |
Introdução
Historicamente, a Educação Física tem priorizado e enfatizado a dimensão bio-fisiológica. Entretanto, a partir da década de 80, a presença de outros ramos do saber, especialmente das Ciências Humanas tem participado deste debate. Novas questões, advindas da percepção da complexidade das ações humanas, tem sido trazidas por este outro campo científico.
Passa-se a estudar a Educação Física em uma visão mais ampla, priorizando a multidisciplinariedade, onde o homem, cada vez mais, deixa de ser percebido como um ser essencialmente biológico para ser concebido segundo uma visão mais abrangente, onde se considera os processos sociais, históricos e culturais. Este ensaio pretende inserir-se nesta discussão. Seu objetivo é contribuir para o debate, de uma forma introdutória, levantando questões sobre o papel das relações sociais no universo da atividade física. O trabalho está estruturado em duas partes. Na primeira, buscamos apresentar a visão que, historicamente, tem legitimado a relação entre a atividade física, saúde e qualidade de vida da perspectiva das ciências biológicas.
Na segunda parte, com o objetivo de trazer novos elementos para o debate, lançamos um olhar social, cultural e histórico sobre o tema.
O paradigma do Estilo de Vida Ativa“Paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência.” (Kuhn, 1997)F
A par das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas sustenta-se a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida, levando-o a incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano. Nessa perspectiva, o interesse em conceitos como “ATIVIDADE FÍSICA”, “ESTILO DE VIDA” e “QUALIDADE DE VIDA” vem adquirindo relevância, ensejando a produção de trabalhos científicos vários e constituindo um movimento no sentido de valorizar ações voltadas para a determinação e operacionalização de variáveis que possam contribuir para a melhoria do bem-estar do indivíduo por meio do incremento do nível de atividade física habitual da população. Da análise às justificativas presentes nas propostas de implementação de programas de promoção da saúde e qualidade de vida por meio do incremento da atividade física, depreende-se que o principal argumento teórico utilizado está fundamentado no paradigma contemporâneo do estilo de Vida Ativa. Tal estilo tem sido apontado, por vários setores da comunidade científica, como um dos fatores mais importantes na elaboração das propostas de promoção de saúde e da qualidade de vida da população. Este entendimento fundamenta-se em pressupostos elaborados dentro de um referencial teórico que associa o estilo de vida saudável ao hábito da prática de atividades físicas e, consequentemente, a melhores padrões de saúde e qualidade de vida. Este referencial toma a forma de um paradigma na medida em que constitui o modelo contemporâneo no qual se fundamentam a maioria dos estudos envolvendo a relação positiva entre atividade física, saúde, estilo de vida e qualidade de vida. Identifica-se, neste paradigma, a interação das dimensões da promoção da saúde, da qualidade de vida e da atividade física dentro de um movimento denominado aqui de Movimento Vida Ativa, o qual vem sendo desencadeado no âmbito da Educação Física e Ciências do Esporte, cujo eixo epistemológico centra-se no incremento do nível de atividade física habitual da população em geral. O pressuposto sustenta a necessidade de se proporcionar um maior conhecimento, por parte da população, sobre os benefícios da atividade física e de se aumentar o seu envolvimento com atividades que resultem em gasto energético acima do repouso, tornando os indivíduos mais ativos. Neste cenário, entende-se que o incremento do nível de atividade física constitui um fator fundamental de melhoria da saúde pública.
Atividade Física & Saúde
Uma tendência dominante no campo da Educação Física estabelece uma relação entre a prática da atividade física e a conduta saudável. A fisiologia do exercício nos mostra inúmeros estudos sustentando esta tese.
Nesta linha, Matsudo & Matsudo (2000) afirmam que os principais benefícios à saúde advindos da prática de atividade física referem-se aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados pelos autores são o aumento do volume sistólico; o aumento da potência aeróbica; o aumento da ventilação pulmonar; a melhora do perfil lipídico; a diminuição da pressão arterial; a melhora da sensibilidade à insulina e a diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo. Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares ocorre, segundo os autores, a diminuição da gordura corporal, o incremento da força e da massa muscular, da densidade óssea e da flexibilidade.
E, na dimensão psicológica, afirmam que a atividade física atua na melhoria da auto-estima, do auto conceito, da imagem corporal, das funções cognitivas e de socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na diminuição do consumo de medicamentos. Guedes & Guedes (1995), por sua vez, afirmam que a prática de exercícios físicos habituais, além de promover a saúde, influencia na reabilitação de determinadas patologias associadas ao aumento dos índices de morbidade e da mortalidade. Defendem a inter-relação entre a atividade física, aptidão física e saúde, as quais se influenciam reciprocamente. Segundo eles, a prática da atividade física influencia e é influenciada pelos índices de aptidão física, as quais determinam e são determinados pelo estado de saúde.
Para a melhor compreensão deste modelo definem as variáveis que o compõem:
Atividade Física é definida, segundo Caspersen (1985) como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso. Saúde, de acordo com Bouchard (1990), é definida como uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, cada uma caracterizada por um continuum com pólos positivos e negativos. A saúde positiva estaria associada à capacidade de apreciar a vida e resistir aos desafios do cotidiano e a saúde negativa associaria-se à morbidade e, no extremo, à mortalidade. Para a Aptidão física, adotam a definição de Bouchard et al.(1990): um estado dinâmico de energia e vitalidade que permita a cada um, funcionando no pico de sua capacidade intelectual, realizar as tarefas do cotidiano, ocupar ativamente as horas de lazer, enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, sentir uma alegria de viver e evitar o aparecimento das disfunções hipocinéticas.Nesta definição distinguem a aptidão física relacionada à saúde da aptidão física relacionada à capacidade esportiva. A primeira reúne os aspectos bio-fisiológicos responsáveis pela promoção da saúde; a segunda refere-se aos aspectos promotores do rendimento esportivo.O modelo em questão vem orientando grande parte dos estudos cujo enfoque é a relação entre a atividade física e saúde na perspectiva da aptidão física e saúde (Barbanti,1991; Böhme,1994; Nahas et al.,1995; Freitas Júnior,1995; Petroski,1997; Lopes, 1997; Ribeiro,1998; Fechio,1998; Glaner,1998; Zago et al.,2000).Para Marques (1999), esta perspectiva contemporânea de relacionar aptidão física à saúde representa um estado multifacetado de bem-estar resultante da participação na atividade física. Supera a tradicional perspectiva do “fitness”, preconizada nos anos 70 e 80 - centrada no desenvolvimento da capacidade cardiorrespiratória - e procura inter-relacionar as variáveis associadas à promoção da saúde. Remete, pois, segundo Neto (1999) a um novo conceito de exercício saudável, no qual os benefícios ao organismo derivariam do aumento do metabolismo (da maior produção de energia diariamente) promovido pela prática de atividades moderadas e agradáveis.Conforme Neto (1999), o aumento em 15 % da produção diária de calorias - cerca de 30 minutos de atividades físicas moderadas - pode fazer com que indivíduos sedentários passem a fazer parte do grupo de pessoas consideradas ativas, diminuindo, assim, suas chances de desenvolverem moléstias associadas à vida pouco ativa.Entidades ligadas à Educação Física e às Ciências do Esporte como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Conselho Internacional de Ciências do Esporte e Educação Física (ICSSPE), o Centro de Controle e Prevenção de Doença - USA (CDC), o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM), a Federação Internacional de Medicina Esportiva (FIMS), a Associação Americana de Cardiologia e o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) preconizam que sessões de trinta minutos de atividades físicas por dia, na maior parte dos dias da semana, desenvolvidas continuamente ou mesmo em períodos cumulativos de 10 a 15 minutos, em intensidade moderada, já são suficientes para a promoção da saúde (Matsudo,1999). Nesta mesma direção, encontram-se numerosos trabalhos de abordagem epidemiológica assegurando que o baixo nível de atividade física intervém decisivamente nos processos de desenvolvimento de doenças degenerativas (Powell et al., 1985).Dentre os estudos mais expressivos envolvendo esta linha de pesquisa, tem-se o estudo de Paffenbarger (1993). Analisando ex-alunos da Universidade de Harvard, o autor observou que a prática de atividade física está relacionada a menores índices de mortalidade. Comparando indivíduos ativos e moderadamente ativos com indivíduos menos ativos, verificou que a expectativa de vida é maior para aqueles cujo nível de atividade física é mais elevado. Com relação ao risco de morte por doenças cardiovasculares, respiratórias e por câncer, o estudo sugere uma relação inversa deste com o nível de atividade física .Estudos experimentais sugerem que a prática de atividades de intensidade moderada atua na redução de taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de doenças degenerativas como as enfermidades cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, enfermidades respiratórias, dentre outras. São relatados, ainda, efeitos positivos da atividade física no processo de envelhecimento, no aumento da longevidade, no controle da obesidade e em alguns tipos de câncer (Powell et al.,1985; Gonsalves,1996; Matsudo & Matsudo,2000).Destas constatações infere-se que a realização sistemática de atividades corporais é fator determinante na promoção da saúde e da qualidade de vida.
Qualidade de vida
Recentemente, a relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente substituída pelo enfoque da qualidade de vida, o qual tem sido incorporado ao discurso da Educação Física e das Ciências do Esporte. Tem, na relação positiva estabelecida entre atividade física e melhores padrões de qualidade de vida, sua maior expressão. Observa-se, nos eventos científicos, nacionais e internacionais, realizados nos últimos anos, a ênfase dada a esta relação. Muitas são as declarações documentadas neste sentido. O Simpósio Internacional de Ciências do esporte realizado em São Paulo em outubro de 1998, promovido pelo CELAFISCS com o tema Atividade Física : passaporte para a saúde, privilegiou em seu programa oficial a relação saúde/atividade física/qualidade de vida destacando os seus aspectos funcionais e anatomo-funcionais. Os resumos e conferências publicadas nos anais do Congresso Mundial da AIESEP realizado no Rio de Janeiro, em janeiro de 1997, cujo tema oficial foi a Atividade Física na perspectiva da cultura e da Qualidade de Vida, destacam a relação da qualidade de vida com fatores morfo-fisiológicos da atividade física. No I Congresso Centro-Oeste de Educação Física, Esporte e Lazer, realizado em setembro de 1999, na cidade de Brasília, promovido pelas instituições de ensino superior em Educação Física da região Centro-Oeste, o tema da atividade física e saúde representou 20% dos trabalhos publicados nos anais. A temática da atividade física e qualidade de vida foi objeto de discussão em conferências e mesas redondas. Também neste evento observa-se a ênfase dada aos aspectos biofisiológicos da relação atividade física/saúde/qualidade de vida. Vários autores e entidades ligados à Educação Física ratificam este entendimento. Katch & McArdle (1996) preconizam a prática de exercícios físicos regulares como fator determinante no aumento da expectativa de vida das pessoas. A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1999), em posicionamento oficial, sustenta que a saúde e qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física. Matsudo & Matsudo (1999, 2000), reiteram a prescrição de atividade física enquanto fator de prevenção de doença e melhoria da qualidade de vida. Lima (1999) afirma que a Atividade Física tem, cada vez mais, representado um fator de Qualidade de Vida dos seres humanos, possibilitando-lhes uma maior produtividade e melhor bem-estar. Guedes & Guedes (1995) reconhecem as vantagens da prática de atividade física regular na melhoria da qualidade de vida. Nahas (1997) admite a relação entre a atividade física e qualidade de vida. Citando Blair (1993) & Pate (1995), o autor identifica, nas sociedades industrializadas, a atividade física enquanto fator de qualidade de vida, quer seja em termos gerais, quer seja relacionada à saúde. Silva (1999), ao distinguir a qualidade de vida em sentido geral (aplicada ao indivíduo saudável) da qualidade de vida relacionada à saúde (aplicada ao indivíduo sabidamente doente) vincula à prática de atividade física à obtenção e preservação da qualidade de vida. Dantas (1999), buscando responder em que medida a atividade física proporcionaria uma desejável qualidade de vida, sugere que programas de atividade física bem organizados podem suprir as diversas necessidades individuais, multiplicando as oportunidades de se obter prazer e, consequentemente , otimizar a qualidade de vida. Lopes & Altertjum (1999) escrevem que a prática da caminhada contribui para a promoção da saúde de forma preventiva e consciente. Vêem na atividade física um importante instrumento de busca de melhor qualidade de vida. O “Manifesto de São Paulo para a promoção de Atividades Físicas nas Américas” - publicado na Revista Brasileira Ciência e Movimento (jan/2000) - destaca a necessidade de inclusão da prática de atividade física no cotidiano das pessoas de modo a promover estilos de vida saudáveis rumo a melhoria da qualidade de vida. Fora dos círculos acadêmicos, os meios de comunicação constantemente veiculam informações a respeito da necessidade de o homem contemporâneo melhorar sua qualidade de vida por meio da adoção de hábitos mais saudáveis em seu cotidiano. Neste contexto, a Federação Internacional de Educação Física - FIEP, elaborou o “Manifesto Mundial de Educação Física - 2000”, o qual representa um importante acontecimento na história da Educação Física pois pretende reunir em um único documento as propostas e discussões efetivadas, no âmbito desta entidade, no decorrer do século XX.. O manifesto expressa os ideais contemporâneos de valorização da vida ativa, ou seja, ratifica a relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida e prioriza o combate ao sedentarismo como objetivo da Educação Física (formal e não formal) por meio da educação para a saúde e para o lazer ativo de forma continuada. Novos olhares sobre a relação Atividade Física e Saúde Diferentes visões acerca da atividade física, da qualidade de vida e da saúde foram acima apresentadas. Correspondem a visões bastante disseminadas e aceitas no domínio da Educação Física. Em comum, nestas análises, encontramos o acentuado viés biológico que as marca e as caracteriza. Este, historicamente, tem sido a base da formação do profissional de Educação Física. Segundo compreendemos, a questão não nos parece suficientemente resolvida deste ponto de vista. A relação entre atividade física e saúde envolve uma multiplicidade de questões. Resolvê-la exclusivamente pelo paradigma naturalista é desconhecer a complexidade do tema. O ser humano não pode ser reduzido à dimensão biológica pois é fruto de um processo e de relações sociais bem mais amplas e abrangentes. Neste contexto, as Ciências Sociais oferecem importante contribuição para o debate ao conceber o homem segundo uma lógica distinta daquela estritamente bio-fisiológica. No entender dessas ciências, a realidade não é um dado unívoco, mas uma construção social, que varia segundo a história, as diferentes estruturas e os diferentes processos sociais. Na perspectiva naturalista, pouca atenção tem sido dada aos interesses políticos e econômicos associados à saúde, à aptidão física e aos estilos de vida ativa. Esta visão assumiu uma postura eminentemente individualista e biologicista no qual elaborou-se o conceito de vida fisicamente ativa independentemente de uma análise cultural, econômica e política, desconsiderando as contradições estruturais que limitam as oportunidades de diferentes grupos sociais.
Lecturas: Educación Física y Deportes · http://www.efdeportes.com · Año 8 · Nº 52 |
domingo, 27 de março de 2011
Especialistas ensinam a melhorar coordenação, agilidade e equilíbrio
Ao esperar longamente por um ônibus no ponto ou pelo metrô na estação, você pode se exercitar. É o que propõe o preparador físico José Rubens D’Elia que, ao lado, dos apresentadores Mariana Ferrão e Fernando Rocha, foi conferir de perto essas situações e mostrar para as pessoas que é possível se mexer enquanto a maioria fica parada.
O programa desta sexta-feira (25) falou sobre a importância de movimentos de coordenação motora, equilíbrio e agilidade, que podem melhorar a memória e a inteligência. Junto com a fisioterapeuta Lana Ferreira, D’Elia ensinou atividades de coordenação ao lavar um prato ou trocar uma xícara ou escova de dente de mão.
Eles também recomendaram distribuir o peso carregado pelo corpo todo, dar uma alongada e uma espreguiçada de vez em quando. Além disso, exercícios para a panturrilha são ótimos, pois ela tem a função de bombear o sangue de volta para o coração e o restante do organismo.
O consultor do Bem Estar disse, ainda, que encolher a barriga ajuda. “Se você fizer isso várias vezes por dia, sua cabeça e seu corpo vão interpretar que você já não tem que ter mais essa barriga.”
D’Elia mostrou que existem dois tipos básicos de capacidade coordenativa: os gerais – como caminhar, saltar e arremessar – e os finos – relacionados a movimentos mais específicos, que exigem interação do corpo com os órgãos sensoriais. Os dois são resultado da interação entre cérebro, sistema nervoso, musculatura e articulações.
Os benefícios de incluir exercícios de coordenação no dia a dia vão além do físico. Eles ajudam a conectar a cabeça ao corpo, desafiando a mente - em particular, a memória, a consciência e a aprendizagem. Como uma minoria vivencia isso na infância, a qualidade dos movimentos e da coordenação motora fica adormecida, mas sempre é tempo de reativá-la.
Exercício de coordenação para braços com movimentos circulares
É parecido ao movimento da natação: braços bem esticados à frente. Você vai abaixá-los, estendê-los e girá-los em uma amplitude bem grande. Faça o mesmo exercício ao contrário: levante os membros superiores, estenda-os e gire-os até voltar ao ponto inicial.
Para evoluir na atividade, mexa cada braço em uma direção - direito para baixo e esquerdo para cima (e vice-versa).
Exercício de equilíbrio para braços e pernas
Flexione um cotovelo, depois o outro, alternando o movimento. Faça o movimento de flexão com as pernas, transferindo o peso de uma para outra.
A evolução do exercício inclui movimentos unindo membros superiores e inferiores. Seu braço direito com a perna esquerda e vice-versa.
Exercício de agilidade para pernas
Faça um aquecimento para iniciar a atividade. Abra e feche a perna com um salto. Depois, com um cabo de vassoura, jogue-o sobre com ombros com os braços bem abertos,
segurando com as mãos nas extremidades. Eleve a perna girando (com uma leve rotação do tronco) para o mesmo lado e vice-versa.
Com a ajuda da vassoura, que vira um obstáculo, pule o cabo para frente e para trás. A evolução do exercício abrange a troca de pernas sobre esse obstáculo. Perna direita à frente, esquerda atrás e vice-versa, flexionando levemente os joelhos.
Com as duas pernas juntas usando o obstáculo, pule de um lado para o outro.
Braços e pernas com obstáculo
Fique de pernas cruzadas com o obstáculo no meio. Jogue o braço oposto ao da
perna que está à frente, trocando com um salto.
O programa desta sexta-feira (25) falou sobre a importância de movimentos de coordenação motora, equilíbrio e agilidade, que podem melhorar a memória e a inteligência. Junto com a fisioterapeuta Lana Ferreira, D’Elia ensinou atividades de coordenação ao lavar um prato ou trocar uma xícara ou escova de dente de mão.
Eles também recomendaram distribuir o peso carregado pelo corpo todo, dar uma alongada e uma espreguiçada de vez em quando. Além disso, exercícios para a panturrilha são ótimos, pois ela tem a função de bombear o sangue de volta para o coração e o restante do organismo.
O consultor do Bem Estar disse, ainda, que encolher a barriga ajuda. “Se você fizer isso várias vezes por dia, sua cabeça e seu corpo vão interpretar que você já não tem que ter mais essa barriga.”
D’Elia mostrou que existem dois tipos básicos de capacidade coordenativa: os gerais – como caminhar, saltar e arremessar – e os finos – relacionados a movimentos mais específicos, que exigem interação do corpo com os órgãos sensoriais. Os dois são resultado da interação entre cérebro, sistema nervoso, musculatura e articulações.
Os benefícios de incluir exercícios de coordenação no dia a dia vão além do físico. Eles ajudam a conectar a cabeça ao corpo, desafiando a mente - em particular, a memória, a consciência e a aprendizagem. Como uma minoria vivencia isso na infância, a qualidade dos movimentos e da coordenação motora fica adormecida, mas sempre é tempo de reativá-la.
Exercício de coordenação para braços com movimentos circulares
É parecido ao movimento da natação: braços bem esticados à frente. Você vai abaixá-los, estendê-los e girá-los em uma amplitude bem grande. Faça o mesmo exercício ao contrário: levante os membros superiores, estenda-os e gire-os até voltar ao ponto inicial.
Para evoluir na atividade, mexa cada braço em uma direção - direito para baixo e esquerdo para cima (e vice-versa).
Exercício de equilíbrio para braços e pernas
Flexione um cotovelo, depois o outro, alternando o movimento. Faça o movimento de flexão com as pernas, transferindo o peso de uma para outra.
A evolução do exercício inclui movimentos unindo membros superiores e inferiores. Seu braço direito com a perna esquerda e vice-versa.
Exercício de agilidade para pernas
Faça um aquecimento para iniciar a atividade. Abra e feche a perna com um salto. Depois, com um cabo de vassoura, jogue-o sobre com ombros com os braços bem abertos,
segurando com as mãos nas extremidades. Eleve a perna girando (com uma leve rotação do tronco) para o mesmo lado e vice-versa.
Com a ajuda da vassoura, que vira um obstáculo, pule o cabo para frente e para trás. A evolução do exercício abrange a troca de pernas sobre esse obstáculo. Perna direita à frente, esquerda atrás e vice-versa, flexionando levemente os joelhos.
Com as duas pernas juntas usando o obstáculo, pule de um lado para o outro.
Braços e pernas com obstáculo
Fique de pernas cruzadas com o obstáculo no meio. Jogue o braço oposto ao da
perna que está à frente, trocando com um salto.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Ferrari apresenta seu novo carro, o F150, e faz homenagem à Itália (Postado por Erick Oliveira)
Escuderia italiana mostrou nesta sexta-feira o carro que será pilotado por Massa e Alonso neste temporada.
A Ferrari apresentou nesta sexta-feira na fábrica de Maranello (norte da Itália) o carro com o qual competirá no próximo Mundial de Fórmula 1, o F150, um carro que homenageia a Itália e que representa uma clara ruptura em seu modelo com o passado mais recente da escuderia.
Em um ato transmitido pela televisão, os pilotos da equipe, o espanhol Fernando Alonso e o brasileiro Felipe Massa, apresentaram o novo carro, que homenageia o 150º aniversário da unificação da Itália e que estreará em Valência nos testes que a Ferrari fará a partir do dia 1º de fevereiro.
"Enfrentamos 2011 com novos desafios, mudanças no regulamento, também para nós. Será um ano difícil no qual vamos aprender muito", comentou durante a apresentação Alonso, bicampeão do mundo de Fórmula 1 e que completa este ano sua segunda temporada na Ferrari.
O piloto espanhol também disse se sentir mais integrado agora na equipe e afirmou que sua escuderia está em um nível máximo de "motivação e profissionalismo" para enfrentar os desafios que lhe aguardam esta temporada, que começará com o Grande Prêmio do Bahrein em 13 de março.
O F150, novo carro da Ferrari, foi apresentado nesta sexta-feira na Itália
Crédito da imagem: ReutersO F150, segundo explica a Ferrari em comunicado, pode ser considerado como um "corte limpo em relação ao passado mais recente", devido às circunstâncias diferentes, sobre todas as mudanças do regulamento do Mundial, que fizeram com que mude seu desenho, em particular a aerodinâmica.
Entre essas mudanças regulamentares, a escuderia italiana destaca a reintrodução do sistema KERS, que propiciou uma modificação "substancial na arquitetura da parte da frente do propulsor".
"A primeira vista, a parte da frente do F150 parece mais alta em relação à do F10. As embocaduras das entradas de ar laterais foram reduzidas e se modificou a configuração da dinâmica sobre o piloto. A suspensão posterior é de nova concepção, assim como se revisou a anterior, seguindo as remodelações da parte da frente do chassi", explica Ferrari em sua nota.
A escuderia italiana apostou, sobretudo, na "confiabilidade", trabalhando em particular sobre o aspecto dos pneus, visto que este ano se competirá com os Pirelli, e na redução dos custos.
O motor de injeção e ascensão eletrônica do novo carro de Ferrari, que tem um peso de 95 quilos, é do tipo 056, com oito cilindros e 32 válvulas.
O chassi do carro, no qual se pode ver a bandeira da Itália, é feito com material composto em ninho de abelha e fibra de carbono e o peso total estimado do F150 com água, lubrificante e piloto a bordo é de 640 quilos.
A Ferrari apresentou nesta sexta-feira na fábrica de Maranello (norte da Itália) o carro com o qual competirá no próximo Mundial de Fórmula 1, o F150, um carro que homenageia a Itália e que representa uma clara ruptura em seu modelo com o passado mais recente da escuderia.
Em um ato transmitido pela televisão, os pilotos da equipe, o espanhol Fernando Alonso e o brasileiro Felipe Massa, apresentaram o novo carro, que homenageia o 150º aniversário da unificação da Itália e que estreará em Valência nos testes que a Ferrari fará a partir do dia 1º de fevereiro.
"Enfrentamos 2011 com novos desafios, mudanças no regulamento, também para nós. Será um ano difícil no qual vamos aprender muito", comentou durante a apresentação Alonso, bicampeão do mundo de Fórmula 1 e que completa este ano sua segunda temporada na Ferrari.
O piloto espanhol também disse se sentir mais integrado agora na equipe e afirmou que sua escuderia está em um nível máximo de "motivação e profissionalismo" para enfrentar os desafios que lhe aguardam esta temporada, que começará com o Grande Prêmio do Bahrein em 13 de março.
O F150, novo carro da Ferrari, foi apresentado nesta sexta-feira na Itália
Crédito da imagem: ReutersO F150, segundo explica a Ferrari em comunicado, pode ser considerado como um "corte limpo em relação ao passado mais recente", devido às circunstâncias diferentes, sobre todas as mudanças do regulamento do Mundial, que fizeram com que mude seu desenho, em particular a aerodinâmica.
Entre essas mudanças regulamentares, a escuderia italiana destaca a reintrodução do sistema KERS, que propiciou uma modificação "substancial na arquitetura da parte da frente do propulsor".
"A primeira vista, a parte da frente do F150 parece mais alta em relação à do F10. As embocaduras das entradas de ar laterais foram reduzidas e se modificou a configuração da dinâmica sobre o piloto. A suspensão posterior é de nova concepção, assim como se revisou a anterior, seguindo as remodelações da parte da frente do chassi", explica Ferrari em sua nota.
A escuderia italiana apostou, sobretudo, na "confiabilidade", trabalhando em particular sobre o aspecto dos pneus, visto que este ano se competirá com os Pirelli, e na redução dos custos.
O motor de injeção e ascensão eletrônica do novo carro de Ferrari, que tem um peso de 95 quilos, é do tipo 056, com oito cilindros e 32 válvulas.
O chassi do carro, no qual se pode ver a bandeira da Itália, é feito com material composto em ninho de abelha e fibra de carbono e o peso total estimado do F150 com água, lubrificante e piloto a bordo é de 640 quilos.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Prefeito de Roma anuncia desistência da cidade em receber etapa da Fórmula 1 (Postado por Erick Oliveira)
O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, disse nesta sexta-feira que a capital italiana desistiu oficialmente de se candidatar a organizadora de uma etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1.
"Hoje (sexta) estamos definitivamente renunciando ao plano de receber a Fórmula em Roma", disse Alemanno, numa entrevista coletiva.
O anúncio aconteceu uma semana depois de o chefe comercial da categoria, Bernie Ecclestone, enviar uma carta ao prefeito em que dizia ser praticamente impossível a Itália receber mais de um Grande Prêmio - já existe a tradicional etapa de Monza, presente no calendário desde 1950.
Encabeçado pelo empresário empresário Maurizio Flammini, o projeto de Roma consistia na construção de um circuito pelas ruas da cidade, mas recebeu muitas críticas dos políticos e moradores.
"Hoje (sexta) estamos definitivamente renunciando ao plano de receber a Fórmula em Roma", disse Alemanno, numa entrevista coletiva.
O anúncio aconteceu uma semana depois de o chefe comercial da categoria, Bernie Ecclestone, enviar uma carta ao prefeito em que dizia ser praticamente impossível a Itália receber mais de um Grande Prêmio - já existe a tradicional etapa de Monza, presente no calendário desde 1950.
Encabeçado pelo empresário empresário Maurizio Flammini, o projeto de Roma consistia na construção de um circuito pelas ruas da cidade, mas recebeu muitas críticas dos políticos e moradores.
sábado, 15 de janeiro de 2011
Ferrari se mantém contra prova de Roma: 'A preferência é ter GPs em novos países' (Postado por Erick Oliveira)
Nesta semana, Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da categoria, enviou uma carta às autoridades de Roma, dizendo que a Fórmula 1 prefere ir para países que já não tenham nenhuma etapa
Presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo reforçou sua opinião sobre o GP de Roma: não deve ser realizado. O dirigente, que já havia externado sua posição na semana do Natal, reafirmou que deve haver apenas uma corrida de F-1 por país. A Itália já é sede do circuito de Monza, um dos mais tradicionais do Mundial.
"Eu disse no jantar de Natal com a imprensa italiana: as equipes não podem exceder certo número de corridas por ano, porque a temporada não pode durar para sempre", afirmou Montezemolo. Para ele, a Fórmula 1 deve viajar para outros mercados.
"A preferência é ter GPs em novos países, em importantes mercados - como nos Estados Unidos - ao invés de ter duas corridas na Alemanha, Espanha ou Itália. Portanto, a carta de [Bernie] Ecclestone não é uma resposta negativa a Roma, mas a consciência de que há um desejo de ter apenas uma prova na Itália", acrescentou o presidente da Ferrari.
Nesta semana, Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da categoria, enviou uma carta às autoridades de Roma, dizendo que a Fórmula 1 prefere ir para países que já não tenham nenhuma etapa do Mundial, assim como os Estados Unidos e Rússia.
"Eu disse no jantar de Natal com a imprensa italiana: as equipes não podem exceder certo número de corridas por ano, porque a temporada não pode durar para sempre", afirmou Montezemolo. Para ele, a Fórmula 1 deve viajar para outros mercados.
"A preferência é ter GPs em novos países, em importantes mercados - como nos Estados Unidos - ao invés de ter duas corridas na Alemanha, Espanha ou Itália. Portanto, a carta de [Bernie] Ecclestone não é uma resposta negativa a Roma, mas a consciência de que há um desejo de ter apenas uma prova na Itália", acrescentou o presidente da Ferrari.
Nesta semana, Bernie Ecclestone, dono dos direitos comerciais da categoria, enviou uma carta às autoridades de Roma, dizendo que a Fórmula 1 prefere ir para países que já não tenham nenhuma etapa do Mundial, assim como os Estados Unidos e Rússia.
Assinar:
Postagens (Atom)