CNT/Sensus: Dilma lidera com 51,9% e Serra tem 36,7% (Postado por Erici Oliveira)

CNT/Sensus: Dilma lidera com 51,9% e Serra tem 36,7% (Postado por Erici Oliveira)

A vantagem de Dilma para Serra aumentou de cinco pontos porcentuais da pesquisa anterior para 15,2 pontos agora

AGÊNCIA BRASIL

No levantamento anterior, Dilma Rousseff tinha 46,8% eJosé Serra, 41,8%

São Paulo - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 51,9% das intenções de voto, ante 36,7% de seu adversário, o tucano José Serra, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã.

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A vantagem de Dilma para Serra aumentou de cinco pontos porcentuais da pesquisa anterior, na semana passada, para 15,2 pontos agora. No levantamento anterior, Dilma tinha 46,8% e Serra, 41,8%.
Ao se considerar somente os votos válidos - o que exclui nulos e brancos e se redistribui os indecisos proporcionalmente, Dilma tem 58,6% e Serra, 41,4%. A rejeição à candidata petista caiu de 35,2% da pesquisa anterior para 32,5%. Já a rejeição a Serra subiu de 39,8% para 43%.
O levantamento, com margem de erro de 2,2 pontos porcentuais, foi feito com dois mil eleitores, entre os dias 23 e 25 de outubro, em 136 municípios e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 37609/2010.

Alonso vence na Coreia e assume a ponta do Mundial

Em corrida tumultuada pela chuva e que acabou quase à noite, dupla da Red Bull abandona e Hamilton e Massa voltam ao pódio


Alonso comemora sua quinta vitória no ano (Foto: EFE)
LANCEPRESS!
Publicada em 24/10/2010 às 06:58

Numa corrida marcada por chuva, interrupções e voltas intermináveis dos carros atrás do safety car, Fernando Alonso driblou as adversidades e assumiu a liderança do Mundial de Fórmula 1 ao vencer o Grande Prêmio da Coreia do Sul, neste domingo, em Yeongam. Além da perícia na pista molhada, o bicampeão contou com os abandonos de Mark Webber (acidente) e Sebastian Vettel (motor) para recuperar a ponta da tabela.

Com a quinta vitória na temporada de a 26ª na carreira, Alonso chegou a 231 pontos, contra 220 de Webber. Lewis Hamilton, da McLaren, terminou em segundo e subiu para terceiro na classificação, com 210 pontos. Já Vettel continuou com 206 e caiu para quarto, enquanto Jenson Button foi apenas o 12º após atuação desastrosa e se manteve com 189, praticamente fora da briga.

Veja aqui a nova classificação do Mundial de F-1


Faltam apenas duas provas para o fim da temporada: Brasil, no dia 7 de novembro, e Abu Dhabi, uma semana depois. Alonso poderá conquistar o tricampeonato já em Interlagos se vencer a corrida e Webber terminar da quinta posição em diante e Hamilton acabar do oitavo lugar para baixo.

Felipe Massa, da Ferrari, completou o pódio, e foi seguido pela Mercedes de Michael Schumacher, que teve sua melhor atuação na temporada. Robert Kubica (Renault), Vitantonio Liuzzi (Force India), Rubens Barrichello (Williams), Kamui Kobayashi (Sauber), Nick Heidfeld (Sauber) e Nico Hulkenberg (Williams) também marcaram pontos, da quinta à décima posição, respectivamente.

Em relação aos demais brasileiros, Bruno Senna (Hispania) obteve seu melhor resultado na temporada, em 14º, enquanto Lucas di Grassi (Virgin) bateu após ser tocado por um adversário numa disputa por posição.

A CORRIDA

Durante todo o dia, uma chuva moderada e persistente caiu na região do novo circuito de Yeongam. Porém, pouco antes do horário da largada, o aguaceiro despencou e a largada foi atrasada em dez minutos. A direção de prova decidiu que a partida seria dada atrás do safety car e assim foi, com os carros andando em fila indiana. Com quatro voltas, no entanto, a corrida acabou suspensa porque a visibilidade era péssima.

Após uma hora de espera, os carros largaram de novo atrás do safety car, que ficou na pista até a volta 17. Dada a bandeira verde, Vettel e Webber mantiveram as primeiras posições, seguidos por Alonso, Hamilton e um veloz Nico Rosberg. Mas. na 19ª volta, Webber bateu seu Red Bull e Rosberg não conseguiu desviar. Ambos abandonaram o safety car entrou de novo.

A corrida teve sua relargada algumas voltas depois, já com condições melhores na pista e Vettel seguido por Alonso, Hamilton, Massa e Schumacher. O asfalto foi ficando menos molhado e Button, que vinha atrás de Schumacher, arriscou trocar seus pneus de chuva forte por intermediários. O inglês se deu mal, pois voltou embolado num pelotão de vários carros, o que tirou suas chances de recuperação.

Na 32ª volta de um total de 55, Sebastien Buemi bateu e o safety car entrou de novo na pista. Os ponteiros aproveitaram para colocar pneus intermediários e a Ferrari se atrapalhou na troca de Alonso, que perdeu o segundo lugar para Hamilton. Porém, logo na relargada o espanhol recuperou a posição perdida após uma escapadad de Hamilton no fim da reta dos boxes.

A sorte sorriria de novo ao bicampeão a sete voltas da bandeirada, quando Vettel teve seu motor Renault estourado. Alonso herdou a ponta e aos poucos abriu vantagem sobre Hamilton, que sofria com os pneus intermediários desgastados. O mesmo problema afetou Barrichello, que caiu de quinto para setimo nas últimas voltas, e Hulkenberg, que teve de fazer um pit stop extra e ficou em décimo.

Com boa vantagem e quase à noite devido ao atraso da corrida, Alonso levou seu carro ao fim sem problemas e conseguiu o que praticamente só ele acreditava: assumir a liderança de um campeonato que parecia perdido. E, mesmo se não tivesse vencido na Alemanha após a Ferrari mandar Felipe Massa ceder o primeiro lugar, ele ainda assim seria o líder após o GP da Coreia, embora com só quatro pontos de vantagem para Webber.



RESULTADO FINAL DO GRANDE PRÊMIO DA COREIA DO SUL

1º - Fernando Alonso (ESP) Ferrari - 2h48m20s810
2º - Lewis Hamilton (ING) McLaren-Mercedes - a 14s999
3º - Felipe Massa (BRA) Ferrari - a 30s868
4º - Michael Schumacher (ALE) Mercedes - a 39s688
5º - Robert Kubica (POL) Renault - a 47s734
6º - Vitantonio Liuzzi (ITA) Force India-Mercedes - a 53s571
7º - Rubens Barrichello (BRA) Williams-Cosworth - a 1m09s257
8º - Kamui Kobayashi (JAP) Sauber-Ferrari - a 1m17s889
9º - Nick Heidfeld (ALE) Sauber-Ferrari - a 1m20s107
10º - Nico Hulkenberg (ALE) Williams-Cosworth - a 1m20s851
11º - Jaime Alguersuari (ESP) Toro Rosso-Ferrari - a 1m24s146
12º - Jenson Button (ING) McLaren-Mercedes - a 1m29s939
13º - Heikki Kovalainen (FIN) Lotus-Cosworth - a uma volta
14º - Bruno Senna (BRA) Hispania-Cosworth - a duas voltas
15º - Sakon Yamamoto (JAP) Hispania-Cosworth - a duas voltas
ABANDONOS
Adrian Sutil (ALE) Force India-Mercedes - a nove voltas (colisão)
Sebastian Vettel (ALE) Red Bull-Renault - a dez voltas (motor)
Vitaly Petrov (RUS) Renault - a 16 voltas (acidente)
Timo Glock (ALE) Virgin-Cosworth - a 24 voltas (colisão)
Sebastien Buemi (SUI) Toro Rosso-Ferrari - a 25 voltas (colisão)
Lucas di Grassi (BRA) Virgin-Cosworth - a 30 voltas (colisão)
Jarno Trulli (ITA) Lotus-Cosworth - a 30 voltas (colisão)
Mark Webber (AUS) Red Bull-Renault - a 37 voltas (acidente)
Nico Rosberg (ALE) Mercedes - a 37 voltas (acidente)

VOLTA MAIS RÁPIDA
Fernando Alonso (ESP) Ferrari - 1m50s257, na 42ª

Cratera da Lua seria um oásis, com mais água que o Deserto do Saara

Publicada em 22/10/2010 às 11h12m
O Globo



RIO - A Lua guarda tesouros que até recentemente os cientistas ignoravam. Quando, em outubro do ano passado, a Nasa, a agência espacial americana, arremessou contra a cratera Cabeus um pedaço de foguete e o satélite Lcross, parte do Lunar Reconnaissance Orbiter, eles esperavam detectar na nuvem de poeira levantada apenas alguns traços de água. O que encontraram, no entanto, vai muito além disso: prata e outros minerais que podem se mostrar fundamentais para a manutenção de uma eventual estação lunar, além de uma espécie de oásis com mais água que o Deserto do Saara. As conclusões foram publicadas em uma série de artigos na revista "Science" desta semana.

- É um recurso valioso e confirma que algumas partes da Lua têm mais água que a Terra - disse Anthony Colaprete, principal investigador do Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares (Lcross, na sigla em inglês), da Nasa.
Haveria 4 bilhões de litros de água

As areias do Saara têm de 2% a 5% de água. Na Lua, a quantidade do líquido cristalizado na cratera, que fica em uma escuridão permanente, chega a 8,5% da mistura e é bem mais fácil de ser extraída do que a do deserto. Os cientistas estimam que a Cabeus guarde algo em torno de 4 bilhões de litros de água. Purificada, ela poderia ser usada pelos astronautas para beber ou até mesmo transformada em hidrogênio e oxigênio, essenciais para o combustível de naves espaciais.

- É um número alto, bem maior do que estávamos antecipando - afirmou Colaprete. - A cratera é um oásis no deserto lunar. Os recursos estão lá e potencialmente podem ser usados em missões futuras - acrescentou.

A colisão do pedaço de foguete e do Lcross com a Lua foi transmitida pela internet e causou frustração na época, já que o impacto não gerou explosões, fogo ou fumaça. Mas, ao analisar os resíduos do choque, os cientistas encontraram muito mais do que estavam procurando. Em novembro do ano passado, uma equipe anunciou que o impacto tinha levantado ao menos 100 litros de água, confirmando a suspeita de que havia água nas crateras da Lua. Com os novos dados, as estimativas subiram para 152 litros. Ao calcular a quantidade de resíduos soltos pelo choque, foi possível estimar a quantidade do líquido dentro da cratera pela primeira vez.

Também causou surpresa aos pesquisadores os outros elementos e moléculas detectados pelo Lcross próximo ao pólo sul da Lua. As substâncias foram encontradas num dos lugares mais frios do Sistema Solar, com temperatura de 187 graus Celsius negativos no lugar mais profundo da Cabeus, marcada por uma história de impactos e acúmulos de detritos por mais de 2 bilhões de anos.

- É como se ela fosse um reservatório do nosso clima cósmico - explicou Peter H. Schultz, professor de Ciências Geológicas da Brown University. - Este lugar parece uma arca do tesouro dos elementos, de compostos que foram liberados por toda a Lua e que foram reunidos neste balde nas sombras permanentes.

Além da prata, os cientistas detectaram a presença de cálcio, magnésio e mercúrio na Lua. Diante desta variedade de minerais, eles agora podem examinar sua abundância relativa e especular que tipos de objetos atingiram o satélite ao longo de sua história. Parte do material parece com o que é encontrado em cometas, enquanto outra pode ter sido produzida por reações químicas, o que indicaria que a Lua tem um ambiente dinâmico.

Segundo a Nasa, ao entenderem os processos e ambientes que determinariam onde a água pode ser encontrada na Lua, como ela chegou lá e o ciclo do líquido no satélite, planejadores de futuras missões poderão escolher melhor os locais de pouso.

- Creio que os pólos (da Lua) acabam de abrir muitas novas questões para nós - disse Schultz. - Acho que é nosso destino voltar lá, e não apenas em termos comerciais - concluiu.